fonte: Folha.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1020917-governo-prepara-reducao-de-ipi-para-carros-nacionais.shtml
O governo Dilma prepara redução do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) de carros nacionais dentro da reformulação do regime
automotivo brasileiro.
A medida visa reaquecer as vendas no mercado automobilístico, em queda
nos últimos meses, e aumentar o índice de nacionalização dos carros
fabricados no país.
Governo prepara redução de IPI para carros nacionais
A redução do IPI, em estudo pelos ministérios da Fazenda e do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, será concedida às montadoras que
cumprirem diversas etapas de produção no Brasil na montagem de seus
veículos.
Entre essas etapas estão, por exemplo, a realização da pintura do automóvel, soldagem e estamparia.
Além disso, as montadoras terão de elevar seus investimentos em pesquisa
e desenvolvimento e se comprometer a comprar autopeças produzidas no
Brasil.
Ainda não há data fechada para o anúncio da medida, já que ela não está
finalizada pela equipe técnica do governo e ainda depende do aval da
presidente Dilma.
A medida é similar à adotada durante a crise econômica de 2008/2009,
quando o governo Lula, para estimular o consumo e evitar demissões no
setor, cortou o IPI dos carros.
Na época, o imposto de carros populares caiu de 7% para zero. O de
carros médios, de até 2.000 cilindradas a gasolina, foi reduzido de 13%
para 6,5%.
A diferença, agora, é que o governo vai exigir das montadoras o
cumprimento de uma série de etapas visando aumentar a nacionalização do
processo de produção em troca da redução do IPI.
Segundo assessores, a redução do imposto será gradual, de acordo com o
cumprimento de cada etapa de nacionalização pelas montadoras instaladas
no país.
A medida já estava em estudo desde que o governo decidiu elevar o IPI de carros importados em 30 pontos percentuais em setembro.
O aumento poderia atingir até os carros nacionais, desde que eles não atingissem um percentual de conteúdo local de 65%.
Atualmente, as principais montadoras instaladas no país já atingem esse
percentual, mas calculado de acordo com o faturamento dessas empresas.
Em apresentação de resultados do setor na semana passada, o presidente
da Anfavea (associação das montadoras com fábrica no país), Cledorvino
Belini, negou que houvesse negociações com o governo para a redução do
IPI para os modelos produzidos no Brasil.
"Essa questão do IPI é uma questão de mercado, não temos problema de
mercado. Você vai pedir redução para um mercado que cresceu 14%", disse
ele na época.
Segundo ele, o relaxamento das medidas macroprudenciais e a queda dos
juros seriam os dois fatores responsáveis para dar força ao setor em
2012.
"Temos a preocupação que também haja equilíbrio fiscal. Se você só faz
desoneração, como o país vai fechar as contas fiscais?", afirmou Belini,
que também é presidente da Fiat no país.
IMPORTADOS
O governo prepara, ainda, uma regra de transição para reduzir o IPI dos
carros importados. A ideia é beneficiar as montadoras que se comprometam
a instalara fábricas no país.
Neste caso, elas receberiam o IPI pago a mais de volta desde que
comprovassem que estão cumprindo etapas para a instalação de suas
unidades no Brasil.

Você sempre achou que os preços sobre os carros no Brasil são excessivos? Durante muito tempo, colocamos a culpa no governo, mas o que não sabíamos é que há três culpados, as montadoras que se apossam da quantidade enorme de lucro, o governo com sua alta carga de impostos e a falta de infra-estrutura e, por fim, VOCÊ, que aceita comprar um carro pelo valor que eles impõem. Agora é a hora de fazer jogo duro e não comprar carro, deixa eles se desesperarem, compra usado, não compra zero.
O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.

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